Pavilhão deve ser concluído dentro de 12 meses. Projeto está orçado em R$ 5 mi
As obras da Central de Triagem de Resíduos Sólidos seguem em ritmo acelerado. A estrutura está localizada no distrito de Campo Branco, em Progresso, em área de 12 hectares. Em reunião dos prefeitos do consórcio Cipae G8, em Boqueirão do Leão, ficou acertado o repasse de R$ 49 mil para dar sequência aos trabalhos.
Parte dos recursos serão aplicados no pagamento dos serviços realizados com a escadeira hidráulica comprada pelo consórcio. Segundo o presidente do grupo, prefeito de Boqueirão do Leão, Paulo Joel Ferreira, 20% da obra está concluída. “Em breve será feita uma vistoria pela Funasa e em seguida, a liberação de uma nova parcela para continuar as obras”, explica.
O aterramento foi viabilizado com apoio de caminhões dos municípios. O pavilhão, espaço onde será feito o recebimento e separação dos resíduos sólidos provenientes dos municípios consorciados será concluído em 12 meses. A área inclui sede administrativa com escritório, sanitários, vestiários e refeitório.
A Central de Triagem de Resíduos Sólidos do G8 está prevista no Plano Intermunicipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do consórcio. A obra é viabilizada com recursos federais. Cerca de R$ 5 milhões serão direcionados para o projeto.
Convênio com Samu
A continuidade do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi debatida entre os prefeitos. Luiz Alberto Reginatto, prefeito de Canudos do Vale, sugere o rompimento dos repasses. Além da demora e dificuldade no atendimento, ressalta o alto valor cobrado para manter o convênio – R$ 680 por mês. “Em poucos meses teremos que pagar mais de R$ 2 mil. O repasse mensal deveria ser feito por demanda”, sugere.
Gilberto Gaspar Costantin, de Progresso, apoia a ideia. “Demora mais de duas horas para chegar ao local. Neste meio tempo nossa ambulância já levou e voltou com o paciente”, observa. Paulo José Grunewald, de Forquetinha, destaca que é preciso cobrar do estado a regularização nos repasses para evitar que o Samu seja extinguido na região. “Desde maio a maioria das cidades não recebe um centavo para custear os serviços prestados”, destaca.
Paulinho Aroldi, vice-prefeito de Sério, sugeriu que os municípios ingressem na justiça para cobrar os valore devidos, à exemplo de Estrela e Lajeado. “Está insustentável. Se não fizermos nada, o serviço será encerrado”, frisa Paulo Joel Ferreira, de Boqueirão do Leão.
Conforme o assessor jurídico, João Davi Goergen, o rombo na conta do Samu ultrapassa a marca dos R$ 869 mil e deve superar R$ 1 milhão até o fim de 2017. “Os municípios estão em dia e o estado deixa de fazer sua parte. Os médicos vão parar”, alerta.
Texto: Giovane Weber